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Azul Linhas Aéreas aposta em retomada no 2º semestre.

Um dos setores mais afetados pela pandemia foi o turismo pela obrigatoriedade do isolamento social imposto pelos governos.

Quando pensamos na indústria do turismo, todos os fornecedores foram afetados de alguma forma e principalmente, a aviação civil.

Fato, em 2020 o cenário das receitas despencaram entre 65% a 70%, afirma o presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz.

A queda da demanda de passageiros fez com que as companhias aéreas reduzissem os voos domésticos em 91,6%. A chamada malha aérea essencial contava com apenas 1.241 voos semanais, em comparação com os 14.781 voos semanais do período anterior à crise.

John Rodgerson, presidente da Azul, acredita que o setor terá pela frente dois cenários muito distintos. “Teremos dois anos em 2021, o do primeiro semestre com demanda reprimida até as vacinas, e o segundo momento, quando a retomada começará de fato”, estima.

No Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, a média é de 100 milhões de passageiros por ano, ou seja, 0,5 voos por pessoa. Para se ter uma ideia, a taxa na Colômbia é de 0,8 e no Chile, de 1,3. Se o Brasil tivesse a mesma taxa da Colômbia, por exemplo, o setor de aviação geraria mais de 50 mil empregos formais.

O cenário de 2020 foi dramático para o setor, foram transportados 42,2 milhões de passageiros, uma diminuição de 52,5%. Nos voos internacionais a queda foi de 71%.

A Azul chegou a demitir 2,5 mil colaboradores, mas no final de 2020 contratou 800 pessoas. O quadro hoje da empresa é de 13 mil funcionários.

No Brasil 70% dos passageiros viajam a negócios, 20% a lazer e 10% a outros motivos. Para ter uma ideia, nos EUA os números são inversos. Com esses resultados a ideia da Azul é desenvolver cada vez mais rotas regionais, fugindo um pouco do chamado “triângulo”: São Paulo – Rio de Janeiro – Brasília.

Rodgerson insiste em Brasília na questão do impedimento do aumento de impostos para o setor da aviação. Ele pede junto ao governo a simplificação do PIS/Cofins. Ele defende que dessa forma viabilizaria o país ter empresas de aviação low cost (de baixo custo).