De acordo com o LVC – Levantamento das Viagens Corporativas, da FecomercioSP em parceria com a ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas, em abril, as viagens corporativas geraram um faturamento de R$ 7,8 bilhões de reais, alta de 299% na comparação anual, ou seja, quatro vezes mais do que abril do ano passado. Com esse desempenho, o atual nível de atividade está 7,7% abaixo visto em abril de 2019, pré-pandemia, uma diferença de R$ 656 milhões.

Essa é a décima terceira alta consecutiva e a tendência é de manter o crescimento. Evidentemente, a retomada do segmento é natural diante da abertura integral da economia e o término das restrições, como o caso das máscaras. No entanto, o aumento está acontecendo também por conta da inflação dos setores de turismo.

Segundo o IPCA, do IBGE, as passagens aéreas, por exemplo, subiram quase 90% em um ano em média. Como é sabido, as tarifas que as empresas pagam, em média, são mais elevadas do que a de lazer. Então, neste momento, há um esforço maior das empresas em manter as viagens dos executivos, funcionários etc., porém com muito mais critério para não impactar nas finanças das empresas, sobretudo as pequenas e médias.

Vale ainda a análise de que a passagem é, em média, o componente mais caro numa viagem, mas ainda há os gastos com os hotéis, alimentação e transportes, todos com variações de preços superiores a média da inflação geral. O que as empresas buscam neste momento é a negociação com os fornecedores para conseguirem melhores tarifas ou condições de pagamento. Qualquer ajuste – para baixo – no preço neste momento é válido.

E mesmo com feriados importantes no mês, Sexta-feira Santa e Tiradentes, as viagens corporativas mantiveram o fôlego. Há muito demanda represada por conta da pandemia, principalmente na área de eventos. Por mais que a tendência seja de uma organização híbrida, as empresas sentem a necessidade das conversas presenciais, importante para manter e criar um network.

Fonte: LVC – Levantamento das Viagens Corporativas do Conselho FecomercioSP